Tuesday, December 20, 2011

de novo?


Na véspera da viagem para o Hawaii fui presenteada com 3 perebas gigantes no meu lábio inferior. Daquelas de baixa imunidade.
Sinal claro que deveria tentar, relaxar e fazer uma viagem leve, com tempo para descanso e quem sabe até pra não fazer nada.
Em Oahu isso já não funcionou direito, estava exausta e satisfeita. Porém, sentia mesmo que tinha que dar uma aliviada.
Foi quando me percebi no topo do Waimea Canyon, na ilha de Kauai, de bota de caminhada, calça impermeável, capa de chuva, touca, luvas... Enquanto me equilibrava para não voar no vento forte e uivante e para não escorregar na lama da cabeça da trilha que tinha escolhido fazer, com o rosto todo contraído da chuva que vinha direto nele, sem conseguir ver muito adiante por causa da neblina, caí na risada... Pela primeira vez tomei consciência do que estava a ponto de fazer.. Como fui parar lá mesmo? Uma trilha difícil, fria, molhada sem nenhum tipo de vista por causa da neblina, enquanto a cerca de meia hora dali o sol brilhava nas praias cristalinas de Kauai. Foi então que resolvemos dirigir para a metade do canyon e escolhemos fazer outra trilha. Ainda com chuva e neblina mas uma temperatura bem mais agradável e um terreno um tanto mais aderente. Alguns podem achar que deveríamos ter ido pra praia, mas só em mudar a trilha já houve um pequeno progresso.


Essa nova trilha era muito divertida e o bom humor estava no ar.  Teoricamente, no final dela, conseguiríamos avistar uma parte da Napali coast, costa enrugada, e bem verde, um paredão que aparece em alguns filmes feitos em Kauai. A trilha não era assim tão fácil, cerca de 4 + horas ida e volta   
mas já tinha mais gente e dava pra ver bem mais coisas.


  
Diversões da trilha

Quando chegamos ao fim da trilha (fim mesmo), tinha uma neblina sem tamanho, não dava pra ver nada, além de um passarinho cinza com a cabeça vermelha bem bonitinho. Ah, e um bode havaiano, feio pra chuchu, que me assustou um pouco. No meio daquela névoa, viro pro lado e o bixão tá lá com o (z) óio em mim. 

 

Resolvemos fazer um lanchinho e esperar um pouquinho. Foi quando o tempo abriu de repente e pudemos ver o paredão com a costa enrugada, o mar, pedras e o rio lá embaixo no canyon. O arco-íris foi brinde. Tudo super-mágico (até o bode). Principalmente porque em menos de 3 minutos a névoa tomou conta novamente e se não fossem as várias fotos até duvidaria do que acabara de ver.
Voltamos felizes, dirigimos até o topo novamente com a esperança que a mágica que dispersa a neblina fosse acontecer lá também porém não deu muito certo. Não se pode ter tudo. Na descida, de brinde, um belo por do sol...


 

No comments: