Friday, August 26, 2011

Terremoto em DC

Esse foi meu primeiro terremoto. Último, espero. Foi bem rápido, porem bem forte. Sinistro.
Estava em pé na cozinha, no oitavo andar. O chão tremeu de baixo pra cima, o prédio balançou de um lado para o outro, as louças fizeram barulho.

Quanto eu "realizei" o que estava rolando já tinha acabado, ainda bem. Bem pouco tempo pra fazer alguma coisa, pra pensar, nem tão pouco assim. Seria um daqueles casos que tudo seria destruído em questão de minutos ou mesmo segundos? 

Quando acabou, fui até a varanda (louca) e ainda achei que foi uma alucinação. Passei a manhã inteira em uma reunião difícil por telefone, o Tico e o Teco (meus neurônios) estavam destroçados, achei que havia tido um " treco ". Via o prédio balançar levementeMas logo ouvi um pessoal conversando lá embaixo na piscina e vi que foi de verdade. 

Tentei ligar a TV mas não funcionou, na verdade, não sei ligá-la, nunca havia tentado antes. Entrei na internet e havia só 1 notinha. Vinte minutos depois já havia mais de 1000 artigos, twitter, etc. 

Ouvi que em uma escola de inglês para estrangeiros no Dupont Circle a professora se enfiou embaixo da mesa e os alunos da cadeira. Depois ela (a profe) deu uma surtadinha e ficou dizendo que era coisa da profecia Maia. Imagina a cena. Se eu tivesse lá e fosse mesmo caso de partir, ao menos iria dando risadas...

Enfim, vai saber.

Foi um pouco assustador. As redes de telefonia celular ficaram congestionadas e o trânsito também, já que todos resolveram partir (pra casa) na mesma hora. 

National Cathedral, DC foi  afetada pelo terremoto

Fiquei de cara com a rapidez com que alguns prédios foram evacuados. Eu nem consegui fazer nada, fiquei parada em pé, realizando... A unica coisa que me ocorreu e muito tempo depois (naquelas de pensar, E SE acontecesse de novo), foi de colocar o capacete da bici. Mas aí já não saberia se deveria subir ou  descer. Ir para onde lá embaixo? Tem prédios e árvores pra todos os lados... As vezes melhor subir, e descer de tobogan, se for o caso. 

Pior que agora vem a tal da Irene, furacão. Nao se fala em outra coisa. Parece que há muito tempo que não passava um furacão tão nervoso por aqui. Sempre tem aquela chance de mudar de rumo, ou diminuir a intensidade, tomara. Acho que vou usar uma das melhores expressões do dialeto típico de Floripa e dizer, São Pedro, FAXXXXX Cousaaa.


 Tomara que a Irene ouça...

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