Existem zilhares de flores que o homem não plantou, mas não nas cidades. Nas cidades, elas são mais raras, os jardins são planejados, estão em canteiros, no meio de avenidas, praças, parques, etc, etc, acho que está incluído no tal do urbanismo. Enfim...
Encantam-me essas florzinhas que nascem no meio da cidade, nos lugares mais inóspitos ou em um matinho que escapa da foice. Geralmente, elas não são muito grandes e tendem a não ser percebidas, pois passam junto com o mato ou a grama mais alta. Ou ainda não conseguimos sair dos nossos pensamentos e preocupações para reparar em algo tão discreto (no caso as flores).

Claro que não são tão exóticas quanto as flores que o homem não plantou que nascem no mato selvagem, florestas ou desertos depois da chuva. Mas tem a sua graça e acima de tudo, são flores. E flores que vivem na cidade e não foram planejadas pelo homem. Bastou a grama demorar um pouco mais pra ser aparada, por estratégia ou descuido do homem e a vida fluiu. Junto com o matinho, vieram as flores do matinho.
Não sabia quanto tempo elas ficariam por ali e voltei na manhã seguinte para fotografá-las, pois me divirto muito tirando fotos de flores. Ainda mais que fui correndo. Para minha surpresa (ou não) as fotos ficaram bem bonitas, apesar de ter pouco tempo e muito sol da manhã.
Achei a sensação de fotografar flores que o homem não plantou na cidade muito parecida com a de fotografar flores exóticas em seus habitat’s. E nesse caso, isso que importa, a sensação e a diversão. Enquanto pode-se divertir está bom, reparar na beleza de todas as flores, ainda mais numa segunda de manhã.
Como nesse meio tempo em que tirei as fotos, escrevi o texto e postei-o aqui minhas amigas flores do mato já não se encontram mais entre nós (cortaram a grama), gostaria de mudar aquela frase sobre o descuido do homem para: quando o homem permite, a vida flui.
Brincando com as flores do mato... Together we stand...
Texturas...
No comments:
Post a Comment