Acampamento na Floresta: Tentativa 2

Nós acordamos um pouco mais tarde do que as meninas que foram para a escola e após o café seguimos para o ponto onde devíamos acampar. O dia estava lindo e o rio super-transparente, refletia tudo da margem. Realmente bemmmm longe. Essa também foi a parte mais decepcionante da viagem, digna do título do texto. Trocamos altas idéias no caminho, o guia pançudinho nem se manifestava e nós só a descascar o sistema e a dificuldade de se manter a autenticidade e foco nas coisas que realmente nos trazem prazer e realização verdadeiros. Enfim.... Ao chegar ao local, que devia ser a floresta selvagem e remota, dominava um barulho horrível de serra elétrica. Sentimo-nos muito mal. Pensa numa coisa que não combinava em nada com o local e com o astral da viagem. Tentei desfarçar mas não podia conter minha frustração. Saímos a caminhar por uma trilha, bem escura pois as árvores são muito altas. Mas não conseguia curtir nada com aquele som de árvores sendo cerradas. Até metade do passeio o mais interessante que vimos foi uma aranha medonha, gigante e peluda. Cruz credo. E também uma árvore gigante, mais larga que eu de lado da qual tiramos foto. Depois vimos algumas araras vermelhas bem exóticas. Quase acabei de quebrar minha câmera que tava com o zoom quebrado e não fotografou as araras. No entanto, o barulho continuava e não pude deixar de conversar com o guia sobre a derrubada das árvores. O assunto foi bem interessante mas não posso reproduzir aqui porque não lembro de todos os detalhes. Tem algumas normas que permitem que os nativos usem algum tipo de madeira para fazer suas casas e parece que eles também cuidam bastante da floresta. Que hoje em dia, mesmo que aconteça de alguém explorar a floresta ele é descoberto e dura pouco. Gostaria de poder acreditar nisso. De qualquer forma, o tempo estava bem instável ameaçando outra mega-chuva e abrimos mão de acampar ali naquele lugar. A “vibe” não estava boa.