Nafarrete |
Acordamos cedo pois fomos enxotadas do albergue. 8:30, todos haviam saído e nós estávamos na cama quando a doida da muié começou a berrar que era para sairmos (e bem rápido) porque iam detetizar o albergue. Melhor que café forte pra acordar. Só não pulei porque o terceiro andar de uma cama é alto pra chuchu. Mas batemos o recorde, acho que em 10 minutos estávamos fora de lá. Troquei meu pneu, ele estava um pouco mucho. Isto é, o pneu dianteiro da minha bici e mandamos ver. Hoje seguimos o caminho pela trilha, finalmente. Primeira cidade, Logrono. Muito bonita, arborizada com um rio energético e entramos na terceira igreja. A de Santiago, bem na mosca novamente. Saímos da cidade seguindo as setas do caminho, passamos por um parque gigante, cheio de lagos, árvores, trilhas pra correr e andar de bici e bastante gente se exercitando. Foi a primeira vez que nos cumprimentaram como peregrinas: Buon Camino, nos disseram. Foi legal. Seguimos até Nafarrete, cidade ao pé da montanha, com várias flores e um restaurante com boas opções para celíacos. O garçom até sabia o que era glúten, fato aliás, felizmente bastante comum na Espanha.Restaurante El Molino. Solzão, sair pedalando depois de tanta comida foi duro, mas necessário. Pedalamos um pouco com três espanhóis. Durou pouco pois eles estavam na pilha de fazer o caminho em poucos dias e nós paramos para bater fotos. Uma de nós tem sangue meio japa(no que diz respeito a bater fotos e a comer arroz), não posso dizer quem é. A trilha era linda, plantações verdes, montanhas, flores...Flores azuis. Adoro flores azuis. No Caminho tem muitas flores azuis.
Já em Najera, visitamos o santuário de Santa Maria La Real, gigante, bem decorado com salas tipo museu, uma porta de ferro cheia de detalhes com cabeças de anjo, local onde as pessoas cantam de couro bem rebuscado e bastante gente visitando. Tem uma imagem da santa que dizem ser milagrosa, bonita e poderosa mesmo. Foi difícil de encontrar a saída dessa cidade, ainda bem que a Bia lembrava. Trilha ruim, paisagem bonita. E os caracóis? Milhões deles presos nos caules das flores e nas plantas. Alguns até viram comidas. Depois de subidas, terra e vento, chegamos ao nosso próximo destino. Santo Domingo de La Calzada. Onde cantou a galinha depois de assada. Aham, verdade! Tem uma estória bem legal, verdadeiríssima, pode ser encontrada em várias páginas e blogs sobre o Caminho.
Ficamos em pensão dessa vez, quarto duplo, banheiro coletivo (mas não tinha mais ninguém no nosso andar) toalha, uma delícia. O primeiro restaurante que tentamos jantar era horrível (o serviço) mas o segundo era ótimo. Restaurante Los Caballeros. Filé mignon com batata e vinho de La Rioja. A emoção do dia foi a mala da Bia que caiu da bici e o ganchinho do elástico poderia ter quebrado o aro da roda, mas tivemos sorte e não aconteceu nada.
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